Peixe nativo de águas doces, a tilápia está estabilizada como uma importante peça na economia do Estado do Ceará. No processo de comercialização do peixe, porém, a pele não é aproveitada, sendo geralmente descartada pelos produtores. A partir de pesquisa desenvolvida na Universidade Federal do Ceará, que utiliza esse material orgânico no tratamento de queimaduras, isso passa a ser diferente.
A pele da tilápia funciona como um curativo biológico, auxiliando na cicatrização de pacientes com queimaduras de diferentes níveis. Além disso, o estudo, realizado no Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM), mostra que uma atadura feita com pele de tilápia pode diminuir a dor, evitar a perda de líquidos dos tecidos, prevenir contaminações e trazer maior comodidade ao evitar a troca constante de curativos.
A partir da pesquisa, a UFC desenvolveu o primeiro banco de pele animal do País. O banco começa com mil unidades de pele de animais, retiradas e tratadas do açude Castanhão, Jaguaribara, conforme protocolos de esterilização e tratamento semelhantes aos utilizados nos bancos de pele humana. O tratamento já possui patente no Brasil e no exterior.
O programa UFCTV traz reportagem sobre o assunto, a que você pode assistir abaixo.
Acesse conteúdo audiovisual do Banco de Pele Animal. As imagens oficiais disponibilizadas aqui podem ser utilizadas pela imprensa e parceiros da Agência UFC. Crédito das imagens: Neredis Silva/UFCTV.